O Pêra Grave 2020 é produzido dentro da propriedade Pêra Manca, em Évora, por Nuno Cancela de Abreu, várias vezes eleito o “Melhor Enólogo de Portugal”.
Pêra Grave quer dizer "pedra virada" em português antigo. Também é nome de uma raça ancestral de cavalos árabes do Alentejo. Outra variação dessa expressão é Peramanca - pedra rolante - um tipo de cascalho branco comum no Alentejo.
O vinhedo fica dentro da Qta. São José de Peramanca, propriedade histórica em Portugal. Gostamos de ter esse produtor em nosso portfólio.
O vinho tem fruta negra que lembra os tintos robustos e frutados. Tem jovialidade, mas uma madeira bem integrada, sutil e saborosa. Os taninos lembram chocolate amargo, com toques de frutas silvestres. Um excelente vinho alentejano!
Saiba Mais
No distante século 14, a Dinastia de Aviz já conhece e consome os vinhos dessas terras, recém conquistadas pelos portugueses dos mouros.
Em 1913, o bisavô de João Grave, atual proprietário, adquire a Quinta de São José de Peramanca, e em 2003, quase um século depois de adquirido o casario, João Grave planta 10 hectares de vinhas, e em 2005 é apresentado o primeiro Pêra Grave. Hoje em dia há cerca de 15,5 hectares, entre tintas (mais de 90% dos vinhedos) e brancas.
Citada numa paródia anônima, dos Lusíadas, de Camões, datada de 1589, a propriedade é descrita por fornecer vinhos aos beberrões:
Borrachas, borrachões assinalados/ Que de Alcochete junto a Villa Franca/ Por mares nunca d’antes navegados/ Passaram ainda além de Peramanca [...] Em Évora [...] Onde pipas e quartos despejaram [...] e andaram esgotando O império de Baccho [...]
Histórica e tradicional, foi revitalizada em 1994, e desde então tem produzido alguns dos mais deliciosos tintos alentejanos.
